Sunday, November 4, 2012

Retrato

Composta em 2002, foi dedicada a um amor que não deu certo. É baseada em uma história real – a amada de fato partiu (foi morar em outra cidade). O que restou ao eu-lírico foi somente o “retrato”.
 
Em um festival de bandas realizado por um bar da cidade, Retrato concorreu na modalidade “música própria”, mas conseguiu apenas o quarto lugar. A banda Tio Ted, que executou a canção, venceu, no entanto, a modalidade “música cover” - a qual não me recordo agora. Quando ganharam o direito de se apresentar em uma noite de domingo, participei da performance tocando meu antigo Yamaha PSR-420. Foi no início de 2003. Estava perto dos meus 15 anos de idade.
 
A versão original possuía uma abordagem mais crua e agitada, e remetia um tanto às bandas que faziam sucesso na época, como Tihuana, CPM 22 e Detonautas RC.
 
As alterações que fiz foram tanto na letra como na melodia. Mantendo o tom de Lá Maior, substituí acordes como Mi Maior e Si Menor por Lá com Sétima e Nona, Ré com Sétima Aumentada e Fá com Sétima Aumentada, conferindo à canção uma sonoridade mais sofisticada e sublime. Quando o fiz, em 2009, procurei me aproximar um pouco de algo mais viajante com a presença de delays nas guitarras.
 
 
As alterações na letra se deram na estrofe após o primeiro refrão:
 
(Me perco nas lembranças), me confundo em pensamentos,
Mas eu reparo e reflito, não há nada como o tempo.
Estranho como tudo isso terminou, Mas eu sei que outro dia começou
E eu só procuro esquecer...
 
 
Creio que essa mudança tenha ocorrido antes da mudança no arranjo, já que acrescentei na letra um pouco da minha história. Sobrou para mim também o retrato de alguém que amei, um amor que não vingou. Nesse contexto, identifiquei-me muito com a música, já que ela conta um pouco de mim, assim como de meu irmão.

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